O primeiro-ministro Narendra Modi e o presidente chinês Xi Jinping realizarão uma reunião bilateral na quarta-feira durante a cimeira dos BRICS na Rússia, a sua primeira discussão formal desde que as tensões fronteiriças eclodiram no leste de Ladakh em maio de 2020, informou o PTI.
O anúncio veio do secretário de Relações Exteriores, Vikram Misri, um dia depois que a Índia e a China finalizaram um acordo sobre o patrulhamento de seus exércitos ao longo da Linha de Controle Real (LAC) no leste de Ladakh. O acordo é considerado um avanço nos esforços para acabar com o impasse militar de quatro anos entre as duas nações, acrescentou o relatório.
“Posso confirmar que amanhã (quarta-feira) haverá uma reunião bilateral entre o primeiro-ministro Modi e o presidente Xi Jinping à margem da cimeira dos BRICS”, disse Misri, citado pelo PTI.
Embora Modi e Xi tenham trocado breves gentilezas na cimeira do G20 na Indonésia em 2022, esta será a primeira reunião estruturada desde que as tensões eclodiram ao longo da fronteira. A última vez que os dois líderes tiveram uma interação informal foi em agosto de 2023, na cimeira dos BRICS em Joanesburgo, segundo o relatório do PTI.
A reunião está marcada em Kazan, cidade-sede da cúpula do BRICS.
acordo de patrulha
Quando questionado sobre o novo acordo de patrulha alcançado na segunda-feira, Misri disse que o foco imediato seria a retirada, com mais negociações sobre a redução de tropas esperadas mais tarde, acrescentou o relatório.
“As atividades de patrulha e pastoreio nas áreas em discussão retornarão à situação que existia em 2020”, disse Misri, citando o PTI.
Os acordos de retirada anteriores não foram revistos nestas discussões. Em vez disso, o foco estava em questões não resolvidas nos últimos anos.
Misri observou que o acordo visa evitar futuros confrontos ao longo da ALC. “Devemos garantir que existam mecanismos para evitar incidentes como os do passado”, acrescentou.
Tensões de longa data entre a Índia e a China
As relações entre a Índia e a China atingiram um ponto baixo após um confronto mortal no Vale de Galwan, em Junho de 2020, o pior conflito militar entre os dois países em décadas. Desde então, ambos os lados recuaram de vários pontos de atrito após numerosas conversações militares e diplomáticas, embora permaneçam questões não resolvidas em áreas como Depsang e Demchok.
Espera-se que o acordo recentemente alcançado aborde estas áreas, permitindo que ambos os países retomem as patrulhas.
O líder do CPI, D Raja, apelou a relações fronteiriças pacíficas entre a Índia e a China, destacando a necessidade de diálogo. “Ambos os países devem garantir que as fronteiras permanecem pacíficas, livres de tensões e conflitos militares”, disse Raja, acrescentando que a confiança mútua e o diálogo são fundamentais para encontrar uma solução duradoura.
Ele propôs que a Índia e a China regressassem à situação de Abril de 2020, sugerindo que isso poderia levar a uma maior redução das tensões.
O Ministério das Relações Exteriores anunciou em 21 de outubro que o acordo de patrulha era o resultado de extensas conversações entre autoridades indianas e chinesas, tanto a nível diplomático como militar.
Entretanto, a China confirmou o acordo e um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros disse: “Chegámos a uma resolução sobre a questão relevante e trabalharemos com o lado indiano para implementar a solução”. A China também enfatizou que ambos os lados permanecem em estreita comunicação através de meios diplomáticos e canais militares, de acordo com o relatório do PTI.
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