Washington:
O Departamento de Justiça dos EUA propôs na segunda-feira novas regras para proteger os dados do governo federal ou grandes quantidades de dados pessoais dos americanos de chegarem a países como China, Irã e Rússia, impondo novos limites a certas transações.
A proposta, apresentada em março, implementa uma ordem executiva emitida no início deste ano pelo presidente Joe Biden que visa impedir que adversários estrangeiros utilizem dados financeiros, genómicos e de saúde acessíveis dos EUA para ataques cibernéticos, espionagem e chantagem.
Além da China, da Rússia e do Irão, a regra também se aplicaria à Venezuela, a Cuba e à Coreia do Norte.
Washington tem tentado impedir o fluxo de dados pessoais americanos para a China, como parte de uma luta de anos sobre comércio e tecnologia.
Em 2018, um painel dos EUA que analisa investimentos estrangeiros em busca de potenciais ameaças à segurança nacional rejeitou um plano da Ant Financial da China para adquirir a empresa norte-americana de transferência de dinheiro MoneyGram International, devido a preocupações com a segurança dos dados que podem ser usados para identificar cidadãos dos EUA.
As autoridades disseram que as transações com corretores de dados que sabem que as informações acabarão em “países preocupantes” serão proibidas, assim como a transferência de quaisquer dados sobre funcionários do governo dos EUA.
A proposta de segunda-feira forneceu pela primeira vez detalhes mais específicos sobre os tipos e quantidades de dados que não podem ser transferidos, incluindo dados genômicos humanos de mais de 100 americanos ou dados pessoais de saúde ou financeiros de mais de 10 mil pessoas.
A proposta também proibiria a transferência de dados precisos de geolocalização em mais de 1.000 dispositivos nos EUA.
A regra permitiria ao Departamento de Justiça aplicar a lei por meio de penalidades criminais e civis.
Autoridades dos EUA disseram a repórteres na segunda-feira que aplicativos chineses como o TikTok poderiam entrar em conflito com a proposta se transferissem dados confidenciais de usuários dos EUA para uma empresa-mãe chinesa.
(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada por um canal sindicalizado.)