Monday, October 21, 2024 - 6:23 am
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Furacão Oscar: Apagão em Cuba, governo cubano culpa falta de moeda estrangeira; 7 destaques do que aconteceu

Milhões de cubanos ficaram sem eletricidade durante dois dias depois de uma das principais centrais elétricas do país ter falhado, deixando grande parte da ilha às escuras. O apagão generalizado, descrito como um dos piores dos últimos anos, perturbou a vida quotidiana e os serviços essenciais em todo o país.

Embora a energia tenha sido restaurada em partes da capital, Havana, grandes áreas continuam sem eletricidade. Os efeitos do apagão vão além da iluminação: os sistemas de abastecimento de água que dependem de bombas eléctricas também foram afectados, deixando muitos residentes à procura de alternativas.

Estes são os principais acontecimentos da crise

1. O que causou o apagão?

A central termelétrica Antonio Guiteras, localizada na província de Matanzas, a leste de Havana, sofreu uma falha crítica na noite de quinta-feira. Na manhã de sexta-feira, toda a ilha estava às escuras. Mesmo num país habituado a interrupções frequentes, este colapso foi sem precedentes, tirando os eventos causados ​​por furacões poderosos, como o Ian em 2022.

A crise foi agravada pelo aumento da procura de energia por parte de residências e empresas, muitas das quais instalaram aparelhos de ar condicionado este ano. As autoridades também citaram usinas termelétricas envelhecidas, fornecimento insuficiente de combustível e recursos de manutenção limitados devido às sanções dos EUA como fatores contribuintes.

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2. Impacto económico, escassez de recursos

O governo cubano culpou a falta de divisas e a escassez de combustível pela deterioração das suas centrais eléctricas. O país produz apenas metade do petróleo de que necessita e depende de aliados internacionais, como a Venezuela e a Rússia, para fornecer o resto. Contudo, devido às sanções, estas importações tornaram-se cada vez mais difíceis e caras.

As autoridades implementaram medidas de emergência, suspendendo aulas e fechando locais de trabalho não essenciais para conter a procura de electricidade.

3. Cozinhar na rua, comida em mau estado

Sem eletricidade para alimentar as geladeiras, muitos moradores começaram a cozinhar os alimentos antes que estragassem. Fogões improvisados ​​a lenha foram vistos nas ruas, pois as pessoas usavam todos os recursos disponíveis para preparar as refeições.

A queda de energia também interrompeu os serviços de abastecimento de água, deixando muitas pessoas sem água corrente porque as bombas pararam de funcionar.

4. Consequências políticas e protestos em formação?

Cortes de energia prolongados já provocaram protestos antes e as autoridades continuam nervosas com potenciais distúrbios. Os protestos contra os apagões e a escassez eclodiram em Julho de 2021, chamando a atenção mundial para a dura resposta do governo. Protestos menores ocorreram em outubro de 2022 e março deste ano.

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Embora as autoridades não tenham confirmado se estão a surgir protestos semelhantes, o governo indicou que está a rever as tarifas de electricidade para as empresas, como parte de reformas económicas mais amplas introduzidas em 2021.

5. Os problemas climáticos agravam a crise

Cuba enfrenta desafios adicionais enquanto se prepara para o furacão Oscar, a décima tempestade da temporada atlântica de 2024. O Centro Nacional de Furacões emitiu alertas para as províncias orientais de Guantánamo, Holguín e Las Tunas, e espera-se que uma tempestade perigosa afecte partes do sudeste. Cuba e Bahamas.

6. Esforços de restauração em curso

As autoridades cubanas anunciaram que estão a utilizar a geração distribuída e a reiniciar centrais de gás para restaurar a energia em algumas áreas. No entanto, a restauração completa levará tempo, uma vez que o governo enfrenta recursos limitados e infraestruturas envelhecidas.

“Estamos dando prioridade absoluta para enfrentar e resolver esta contingência energética muito sensível”, publicou o presidente Miguel Díaz-Canel no X. “Não haverá descanso até que seja restaurado”, acrescentou.

7. Planos energéticos futuros em preparação

Em resposta aos actuais desafios energéticos, Cuba está a trabalhar para modernizar a sua rede eléctrica com fontes de energia alternativas. Está em curso um projecto que envolve a construção de 31 centros de energia solar, com conclusão prevista para o próximo ano.

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O governo espera que estas iniciativas reduzam a dependência do país das centrais termoeléctricas baseadas no petróleo e ajudem a estabilizar a rede eléctrica a longo prazo.

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