Os cientistas finalmente desvendaram os segredos da Arthropleura, uma criatura colossal semelhante a uma milípede que vagou pela Terra há 340 milhões de anos. O enorme tamanho e a existência misteriosa deste antigo artrópode confundiram os paleontólogos durante séculos. No entanto, a descoberta de fósseis juvenis numa jazida de carvão francesa, recolhidos na década de 1980, forneceu agora pistas cruciais. Usando técnicas avançadas de tomografia computadorizada, os pesquisadores conseguiram modelar a cabeça sem danificar os delicados fósseis.
As varreduras revelaram uma cabeça redonda adornada com duas antenas curtas em forma de sino e dois olhos protuberantes como os de um caranguejo. Também foi identificada uma pequena boca, provavelmente usada para limpar folhas e cascas. Além disso, as descobertas confirmaram que Arthropleura abandonou o seu exoesqueleto através de uma abertura na cabeça, uma característica comum entre os artrópodes. Apesar do seu enorme tamanho, a dieta da criatura provavelmente consistia apenas na vegetação das florestas em que vivia.
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— Dactylioceras🇵🇸 (@Dinoh555) 9 de outubro de 2024
Mickael Lheritier, coautor do estudo, explicou: “Descobrimos que tinha corpo de milípede, mas cabeça de centopéia”.
O palebiólogo James Lamsdell, que não esteve envolvido no estudo, disse: “Há muito tempo queríamos ver como era a cabeça deste animal. pode ter sido perdido ou danificado.”
Como ancestral das centopéias e milípedes, Arthropleura pertence ao vasto grupo dos artrópodes, abrangendo uma ampla gama de criaturas. Este grupo inclui insetos, crustáceos como caranguejos, bem como aracnídeos como aranhas e escorpiões.
Desde o final do século XIX, os cientistas têm recolhido e analisado cuidadosamente restos de Arthropleura, gradualmente juntando as peças do puzzle da sua existência e importância no mundo antigo.