Numa descoberta surpreendente, os cientistas identificaram uma galáxia “estranha” que pode oferecer novos insights sobre as origens do universo. Usando o Telescópio Espacial James Webb da NASA, os investigadores observaram uma galáxia com uma assinatura de luz incomum, onde o seu gás parecia brilhar mais do que as suas estrelas, um fenómeno sem precedentes. o independenterelatado.
A galáxia remonta a cerca de um bilhão de anos após o Big Bang. Os investigadores acreditam que poderá preencher uma lacuna que falta na evolução das galáxias, ilustrando uma fase entre as primeiras estrelas e as galáxias totalmente desenvolvidas que conhecemos hoje.
“Quando vi pela primeira vez o espectro da galáxia, pensei: ‘Isso é estranho'”, disse o pesquisador principal Alex Cameron, da Universidade de Oxford. “É exatamente para isso que o telescópio Webb foi construído: descobrir fenómenos completamente novos no Universo primitivo que ajudem a explicar como a história cósmica começou.”
A equipa de investigação analisou os dados e desenvolveu modelos computacionais que mostram que se estrelas massivas e extremamente quentes aquecessem nuvens de gás cósmico, o gás poderia eclipsar as estrelas. Esses modelos estavam de acordo com as observações de Webb.
Os cientistas sugerem que a galáxia está a sofrer intensa formação estelar dentro de uma nuvem de gás, que está a ser iluminada pela luz de estrelas recém-formadas, tornando a nuvem suficientemente brilhante para ser detectada a grandes distâncias.
Chamado de Galaxy 9422, este objeto recém-descoberto permanece um enigma. Não está claro até que ponto é típico das galáxias desta época ou como evoluiu a partir de fases ainda anteriores da história cósmica.
“É um momento emocionante”, disse Cameron. “Usar o telescópio Webb para estudar esta era anteriormente inatingível é apenas o começo de descobertas e de uma compreensão mais profunda.”
As descobertas são detalhadas no artigo “Galáxias dominadas por nebulosas: insights sobre a função de massa inicial estelar em alto desvio para o vermelho”, publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.